“O mistério do Deus escondido”
Neste quarto domingo do Advento, já às portas da grande solenidade do nascimento de Nosso Senhor, queremos voltar nossos olhares e corações para aquela, sem a qual, esse mistério não poderia ser celebrado como a Igreja já o faz nestes dois mil anos. É costume antigo dedicar o quarto domingo deste tempo que nos prepara para o Natal à Virgem Maria, que já está no fim do seu último mês de gestação, convidando-nos a esperar os últimos instantes, para aquela Noite Santa, ao lado de quem melhor viveu esse tempo de preparação.
Além de São João Batista, Nossa Senhora se apresentou como uma das pessoas que mais nos ajudou a viver esse Advento. Se o Precursor nos inquietava a consciência com fortes gritos para endireitarmos nossas vidas para a chegada do Messias, Nossa querida Mãe nos ajudava, com seu grande e amoroso silêncio, a prepararmos o presépio do nosso coração para a vinda do seu Filho.
No evangelho de hoje, ouvindo mais uma vez o anúncio do arcanjo, recordamos como essa história começou. E percebemos que o Verbo já se tinha feito carne e já estava entre nós, mas “escondido” no ventre de Maria, assim como ainda hoje se esconde por detrás das aparências do pão e do vinho na Santíssima Eucaristia. Queremos adorar esse “Deus velado” no Santíssimo Sacramento, perene Natal do Rei Jesus entre nós.
Olhando para o exemplo da Santíssima Virgem, aprendamos a guardar no coração, assim como ela, a adoração constante dessa presença divina e silenciosa. Vamos fazer isso, de forma bem prática, se nos juntarmos à nossa Mãe no local onde mais certamente a podemos encontrar: ao lado de cada sacrário da Terra. “Vinde, adoremos, com Maria, o Rei que vai chegar!”
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