Introdução
Esta é a mensagem dirigida por Jesus Cristo aos que não O conheciam e ainda não O conhecem e aos que já se tornaram seus discípulos e estão inseridos no dinamismo da salvação. Todos precisam de uma conversão constante. Através do Sacramento do Batismo realiza-se a “primeira conversão”, mas como “a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo” (CIC. 1426), o batizado experimenta a necessidade de uma “segunda conversão”, que “é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja” (CIC. 1428).
Santo Ambrósio falava de dois tipos de água, a do Batismo e a das lágrimas: “existem a água e as lágrimas: a água do Batismo e as lágrimas da penitência” (cit. no CIC. 1429). No Sacramento da Penitência vive-se, portanto, uma “conversa laboriosa” do penitente, a conversão pelas lágrimas, pelo arrependimento, confissão e satisfação.
A conversão cristã deve estar marcada pelas expressões do arrependimento, num interesse continuo em realizar na própria vida uma identificação cada vez maior com Cristo. A vida nova recebida no Batismo, se for perdida através de algum pecado mortal, pode ser recuperada. Cristo instituiu o Sacramento da Reconciliação porque sabia da nossa inconstância e fragilidade. É uma oportunidade para que a misericórdia divina nos seja concedida. Cristo quer encontrar-se conosco neste Sacramento e envolver-nos na sua misericórdia e no seu amor, reconciliando-nos não apenas consigo mas, também, com o seu Corpo Místico, a Igreja, sua Esposa santa e imaculada. A Confissão, sendo o sacramento do perdão, restaura na pessoa a graça santificante, deixa na pessoa uma alegria que a faz enfrentar as dificuldades do combate cristão com uma suavidade cheia de fortaleza.