Diocese de Anápolis

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Padre Rogério comenta a Epifania do Senhor

 

A Estrela Única

O nascimento de Jesus Cristo é um acontecimento que marca a história da humanidade e de todos os homens e mulheres. Por isso se diz: antes de Cristo e depois de Cristo. Ele mudou o mundo. E chegou aos magos do Oriente. Estes personagens eram uns sábios provenientes da Pérsia e dedicados ao estudo das estrelas e não à magia ou ao ocultismo. Segundo a Tradição chamavam-se Gaspar, Melquior e Baltazar. Por não serem judeus, são como que os primeiros do mundo pagão que receberão o chamado da Salvação em Cristo.
Acredita-se que os judeus já tinham difundido pelo Oriente as esperanças da vinda do Messias, o ungido de Deus, para resgatar a humanidade de seus males. Por isso os magos tinham conhecimento do Messias como o Rei dos Judeus, que segundo ideias difundidas naquela época, devia ter, como personagem muito importante na história universal, uma estrela relacionada como o seu nascimento. São João Crisóstomo que foi um bispo do século V explica que “Deus os chama através do que para eles era mais familiar, e mostra-lhes uma estrela grande e maravilhosa, para que os impressione pela sua própria grandeza e formosura”. A estrela era única e jamais vista igual.
A estrela os conduziu onde estava o menino Deus. Uma grande alegria os magos sentiram ao revê-la. Em certo momento da viagem, eles a perderam de vista. Por isso foram para a capital Jerusalém, perguntar onde estava o Messias que já teria nascido. Porém, de novo a veem. Os magos recebem do Senhor a prova de que a estrela não tinha desaparecido. Não duvidaram quando tinham deixado de a ver sensivelmente, mas tinham-na conservado sempre na alma. E completou com a visão do menino Deus diante dos seus olhos.
Daí despertou a nobre atitude de oferecer os presentes. Os dons oferecidos de ouro, incenso e mirra eram os mais preciosos do Oriente. O homem tem necessidade de oferecer presentes para testemunhar a sua veneração e a sua fé. Já que não pode oferecer-se o próprio homem como desejaria, oferece em seu lugar o que é mais valioso e lhe é mais querido.
A atitude dos magos do Oriente nos acontecimentos de Belém termina com um novo ato de delicada obediência e cooperação com os planos de Deus. Também todos nós, católicos, devemos ser dóceis até o fim à graça e à missão concreta que Deus lhe confie, ainda que isto suponha modificar os planos pessoais que se tenha proposto. Lembre-se disso.
Não nos esqueçamos de ofertar nossos presentes ao menino Jesus. É hoje o dia. O Espírito Santo lhe inspirará no coração o que ofertar. Seja generoso. Porque Deus não se deixa vencer em generosidade.

  
Pe. Rogério Moraes

 

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