Diocese de Anápolis

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Tempo da Páscoa

Pessah, isto é, a Páscoa dos cristãos é a celebração de passagem da morte para a vida: Jesus Cristo sofreu, morreu, ressuscitou, subiu aos céus e enviou o Espírito Santo. Esse núcleo do acontecimento cristão é celebrado pela Igreja em cada Santa Missa diariamente, e especialmente todos os domingos. Contudo, uma vez por ano, a Igreja quer vivenciar mais profundamente esse mistério. Provavelmente, a celebração anual da Páscoa começou na Igreja entre os primeiros cristãos de Jerusalém, lá pelo ano 135; em Roma, antes do ano 165 já celebravam a Páscoa anual, antes mesmo do Papa Sotero. Em algumas comunidades da Igreja existiam, já no século IV, os quarenta dias em preparação para celebrar a Páscoa.

O Tempo da Páscoa é um período de cinquenta dias – desde o domingo de Páscoa até o dia de Pentecostes – nos quais celebramos o Cristo glorioso que envia o Espírito Santo. Sem dúvida alguma, a celebração mais importante desse tempo é a Missa da Vigília Pascal; de fato, em Roma, até o século IV, a Missa da Vigília era a única celebração do dia de Páscoa. Atualmente, são celebradas várias Missas de Páscoa, sem, porém, tirarem importância da Vigília das vigílias. Devido à importância do acontecimento, o Mistério do Cristo glorioso é celebrado – numa unidade indissolúvel – durante oito dias (oitava de Páscoa) e durante os cinquenta dias que formam esse período.

No primeiro domingo da Páscoa, a liturgia fica centrada nas aparições do Ressuscitado; no segundo, no tema da fé; no terceiro, mostra o Ressuscitado como aquele cumpre as Escrituras de Israel; no quarto, Cristo se manifesta como o Bom Pastor; no quinto, a caridade é apresentada como a virtude que dá o tom necessário para esperar a segunda vinda de Jesus; no sexto, começa uma preparação mais imediata para a vinda do Espírito Santo; no sétimo, a liturgia centra-se na presença e na ausência de Jesus. Vem, finalmente, as festas da Ascensão de Jesus e Pentecostes, que clausuram esse tempo de alegria e gozo no Espírito Santo. Cada fiel cristão deveria preparar-se muito bem para essas celebrações. Indubitavelmente, a Quaresma nos leva a essa preparação. Contudo, empenhemo-nos para trabalhar pela nossa salvação, graça de Deus, especialmente no Tempo da Páscoa, no qual nos é dado o alimento “que dura até a vida eterna” (Jo 6,27) e que tem efeitos na nossa vida diária durante todo o ano litúrgico.

Pe. Dr. Françoá Costa

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