Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Reflexão do 22º Domingo do Tempo Comum, Dia do Catequista

Hipócritas

Padre Fábio Carlos
Paróquia Santo Antônio, Damolândia - GO

“Hipocrisia significa fingimento, falsidade; fingir sentimentos, crenças, virtudes, que na realidade não possui”. Como alguém que usa uma máscara diante da sociedade, das pessoas. Jesus chama os fariseus e os mestres da lei de hipócritas, e, talvez, se ele estivesse aqui nesta terra chamaria muitos cristãos, também de hipócritas, mas não é o meu vizinho, o irmão de pastoral. Não! Sou eu mesmo, é você mesmo que está lendo esta reflexão. A hipocrisia é um grande mal que corrói os membros da Igreja de Cristo, daqueles que “sentam-se no próprio rabo para falar mal dos outros”, mas se conseguíssemos ver o coração destes que agem assim, veríamos que todos têm “teto de vidro”, e não poderiam falar de ninguém.

O maior tapa na cara que Jesus nos dá vem a seguir: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim”. Esta é uma afirmação pesada e que deve nos levar a uma profunda reflexão de nossa vida. Quantas vezes ousamos honrar a Deus na Santa Missa, até proclamando sua Palavra, respondendo o rito da Santa Missa, e chegamos em casa, em nosso trabalho ou em outros lugares e julgamos as pessoas, xingamos os outros, pensamos mal dos outros, criticando os outros, tendo preconceitos para com os outros. Usamos nossa máscara de cristão na Igreja e logo que saímos já retiramos nossa máscara.

Os fariseus e mestres da Lei eram aqueles que conheciam a religião judaica, assim como você que é cristão e que fez catequese, encontros, formações, mas eles não viviam o que dizia a Sagrada Escritura, assim como você que não vive a doutrina da Igreja e os ensinamentos do Evangelho.

Jesus usava de amor e misericórdia para com os pecadores, que não conheciam a Lei, que não viviam dentro dos locais de culto, mas que tinham um coração bom, aberto à mudança, que sabiam que precisavam melhorar. Os outros, que são semelhantes a nós cristãos, achavam que sabiam tudo e não tinham a humildade necessária para mudar de conduta, o esforço sincero para ser melhor, ou seja: julgar menos, criticar menos, não se achar melhor do que os outros, condenar menos; e talvez até rezar mais. Perdemos muito tempo nos preocupando com a vida dos outros, com o que ele faz ou deixa de fazer, se usássemos este tempo para a oração, com certeza Jesus não ficaria sozinho na Igreja, teria sempre uma companhia.

Enfim, mudemos de atitude, fujamos destes males que o Evangelho fala que pode habitar o coração humano: “más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo”. Mudemos de atitude para que Jesus não nos chame, também, de hipócritas. Não abusemos do amor e da misericórdia de Jesus.

Foto: reprodução google

Rolar para cima