Diocese de Anápolis

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Na liturgia da Solenidade da Assunção de Maria, padre Carlito fala do amor filial

 

 

Amor filial

Alguém gostaria de dar um presente para sua mãe, mas tudo que via ou lhe oferecia era pouco pela grandeza de seu amor por sua mãe, queria dar o perfume das rosas, a beleza das roseiras, o brilho da lua, o calor do sol, a imensidão do mar e a vastidão do céu, queria dar o que existia de melhor… Assim são todos os filhos para com sua mãe, tentam dar o melhor que existe para expressar de formas tão claras o seu amor filial.

Jesus não é diferente, ama sua mãe com predileção e, como qualquer filho, quer sempre dar o melhor para sua mãe, ou seja, o céu. Hoje celebramos a assunção de Maria, isto é, foi elevada por graça de Deus, em virtude de sua maternidade à glória dos céus em corpo e alma; de forma simples a nossa Igreja proclama esse dogma, uma verdade existente desde o princípio no coração de todos aqueles que pelo batismo se tornam filhos de Deus, somos filhos no Filho, nos lembra São Paulo (cf. Gl 3, 26), ou seja somos enxertados em Cristo para sermos filhos de Deus (cf. Rm11,17), e se somos um com Cristo, somos cristãos, Cristo é filho de Maria, assim também nós somos filhos de Maria, todos aqueles que se tornam filhos de Deus em Cristo, se tornam também filhos de Maria em Cristo; e como bons filhos queremos o melhor para nossa mãe e assim celebramos a sua assunção, damos a ela o mesmo louvor que seu filho Jesus Cristo lhe deu, veneramos nela a mesma graça que Deus lhe outorgou, admiramos em Maria a nova Eva que nos trouxe o Salvador e se por Eva entra a morte, por Maria vem a vida, e se por Eva as portas do paraíso se fecham, por Maria elas se abrem e o novo Adão, Cristo, juntamente com a nova Eva, Maria, vivem já o verdadeiro destino e projeto de Deus para toda a humanidade: adorar e louvar a Deus por toda a eternidade em corpo e alma.

O mesmo amor filial de Jesus para com Maria que a elevou em corpo e alma ao céus, deve ser o mesmo amor filial de cada cristão que eleva à sua mãe as preces cotidianas, que a trata com carinho no rezo do terço, que a venera com admiração de filho e confia na sua especial proteção e intercessão. Não somos órfãos de mãe, temos uma que junto a Deus olha por nós, roga ao Pai pelos pecadores e nos livra de todos os males. Temos que cultivar cada vez mais em nossa espiritualidade esse carinho de filhos para com a nossa mãe por meio da prática constante do Santo Terço. Se pela Eucaristia recebemos Jesus Cristo, pelo a oração do Terço recebemos nossa Mãe Maria Santíssima, e cada Ave-Maria não deve ser uma tediosa repetição, mas um constante “eu te amo”, uma rosa que nunca nos cansamos de entregar à nossa mãe, um diálogo de amor onde reconhecemos a Mãe de Deus e nossa Mãe, agradecemos o seu sim à vontade de Deus e pedimos seu mais terno olhar materno sobre nós.

Com amor filial, com o mesmo carinho e amor de Cristo, vamos elevar nossos olhos ao céu e louvar àquela que foi assunta, agradecer sua maternidade e pedir que rogue sempre por nós pecadores, para que um dia, também nós, sejamos dignos de alcançar as promessas de Cristo.

 

Pe. Carlito Bernardes Júnior
Navarra – Espanha

 

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