Nesta quinta-feira (18) a Igreja celebra a dedicação de duas basílicas pontifícias: a de São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros, em Roma.
A dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre. O Pontífice governou a Igreja entre o ano 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício. O pontificado deste Santo Padre ocorreu entre 384 a 399.
Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, a maior do mundo, descansam os restos mortais do primeiro Vigário de Cristo, São Pedro Apóstolo.
Apóstolos Pedro e Paulo
A importância dos dois apóstolos, chamados de “as duas colunas da Igreja”, é ressaltada nesta celebração.
São Pedro foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja. São Paulo desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. A fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja são focos desta festa.
As duas basílicas são locais de destaque para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) desses santos.
Basílica de São Pedro
No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro.
Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra. Ela foi desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença
Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564.
Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Enfim, Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor. Em 1623, continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro.
No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro, a maior de todas as igrejas católicas do mundo, construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.
Basílica de São Paulo
São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada.
Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária, e contava também uma Porta Santa.
Uma enorme estátua do evangelista Paulo foi colocada na entrada da Basílica, de 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura.
A construção é a segunda maior das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, na sequência, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma.
A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão.
Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica paulina e o local foi reconstruído. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar onde o Apóstolo Paulo foi sepultado, com a seguinte escrita: “Paulo, Apóstolo, mártir”.
O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro.
Com informações: Canção Nova / Foto: Bohumil Petrik – CNA; Alexey Gotovsky – CNA