Diocese de Anápolis

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Entrevista – Abertura do Seminário Menor – 2014

05/02/2014

1. Como se sente com a instalação recente do Seminário Menor? O que representa para a Igreja de Anápolis mais esta conquista?

– A promoção vocacional e a formação do clero é uma das prioridades da Diocese. A pastoral vocacional é animada pelos próprios formadores, com encontros periódicos com os candidatos, que incluem uma prévia avaliação antes de serem admitidos a fazer a experiência no seminário. Iniciar um seminário menor próprio é uma satisfação e um desafio. Anteriormente, por vários anos, os nossos seminaristas menores estudavam com os Legionários de Cristo e na Diocese de Petrópolis. Porém, a distância dos familiares e da Diocese, a inserção na cultura bastante diferente da nossa causavam um sério desconforto para nós e para os formandos. Refletimos por bastante tempo se não seria o caso de promover o nosso seminário menor e quem seriam os formadores… Decidimos iniciar com confiança nos nossos padres e na providência divina.

2. Quantos jovens compõem a primeira turma? Como será a formação deles?

– A primeira turma conta com dez jovens. É a média que todos os anos ingressam no caminho formativo. Eles estudam o segundo grau no Colégio São Francisco em Anápolis. Moram no seminário, recebem a formação adequada ao estágio em que se encontram, todos os dia vão para as aulas. Acreditamos que morar juntos, formar a comunidade, aprender a organizar o seu tempo, aceitar o diferente são passos para inserir o jovem no futuro presbitério e na compreensão da Igreja como comunidade. Estudar no colégio externo, junto com os colegas, rapazes e moças, acreditamos que ajude para crescer mais integralmente e amadurecer todas as esferas de um jovem em crescimento.

Depois do seminário menor vem um ano de propedêutico, depois dois anos de filosofia e quatro de teologia. É bom dizer que no propedêutico, sem passar pelo seminário menor, todos os anos ingressam em média dez a quinze jovens que já concluíram o segundo grau. Em termos de números, iniciamos o ano 2014 com 67 seminaristas: 10 no seminário menor, 14 no propedêutico, 15 na filosofia e 28 na teologia. A equipe de formadores é composta por cinco sacerdotes e um diácono, para os três níveis de formação.

      3. Qual é o tamanho da Diocese de Anápolis?

– Eu diria que é uma diocese média. Tem 14 mil quilômetros quadrados de superfície com cerca de seiscentos mil habitantes. Temos 109 sacerdotes, entre diocesanos e religiosos, 23 diáconos permanentes, seis diáconos temporários, 150 religiosas e 67 religiosos. É bom lembrar que a Diocese de Anápolis é localizada no “trevo do Brasil”, ou seja aqui se cruzam as principais rodovias que ligam norte e sul. É uma realidade em acentuado crescimento populacional, com boas perspectivas de desenvolvimento. Isto tudo é um desafio para o presente e para o futuro. É nesta lógica que se insere o nosso trabalho vocacional.

4. Existem outros projetos futuros ou em andamento relacionados ao Seminário?

– Em 2016 a nossa Diocese vai celebrar o Jubileu de Ouro. Estamos fazendo o Triênio de preparação com temas voltados ao mistério da Santíssima Trindade, à família, à catequese e à missão. Como um dos marcos escolhemos o compromisso missionário, na África e na vizinha Diocese de Rubiataba-Mozarlândia. Por enquanto, para Rubiataba-Mozarlândia enviamos um sacerdote e dois diáconos. Está no programa inserir esta experiência missionária no currículo da formação. O próprio processo de formação é o constante desafio. Somos conscientes da necessidade da formação dos formadores e de estar a cada momento à altura de corresponder ao que determinado momento exige. Um grupo relativamente grande de seminaristas exige a presença constante dos formadores e acompanhamento personalizado. Se não, se corre o risco de formar uma massa, não as pessoas.

+ João Wilk, OFMConv.
Bispo de Anápolis.

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