Diocese de Anápolis

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Caminhar juntos, viver em unidade

A Igreja espelha na sua fisionomia os traços do seu Fundador Jesus Cristo que nos seus pronunciamentos se identificava com Deus Pai e colocava esta unidade divina como modelo para a convivência dos seus seguidores: “Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um.” (Jo 17, 11). “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 21).

A Igreja é chamada “Corpo místico de Cristo”. Na unidade de todos os batizados reflete-se a unidade do próprio Jesus Cristo. Unidade é dom e ao mesmo tempo exigente tarefa para se preservar e edificar a cada instante.

Jesus pediu ao Pai celeste com tanta insistência esse dom da unidade, porque sabia que é sujeita aos riscos e perigos. De fato, confiada aos homens, a Igreja sofre fortemente a influência da fraqueza humana. E uma das maiores tendências é a divisão, fruto de egoísmo, orgulho, individualismo, discordância de opiniões. A unidade deve ser preservada e construída em vários níveis: no seio da cristandade, entre diversas denominações religiosas que têm Jesus por Salvador, em nível mundial, diocesano e paroquial.

A unidade é garantida pela virtude de fidelidade. Em primeiro lugar, aos ensinamentos de Jesus, ao espírito do Evangelho. Depois, ela é garantida pela fidelidade aos legítimos pastores: papa, bispo, pároco. Não são eles que fazem a Igreja, mas estão a serviço da Igreja, inclusive como guardas da unidade.

Na Igreja, porém, há uma vastidão de formas de expressão da mesma fé. Manter a unidade não significa reduzir tudo a uma única devoção ou a uma única prática religiosa. A unidade é fruto de harmonia e convergência de várias espiritualidades e sensibilidades, dentro de um mesmo parâmetro estabelecido pela Igreja.

Olhando para a paróquia, há diversidade de tradições, movimentos e pastorais. Cada uma destas formas deve realizar o seu objetivo e o seu carisma. Juntas, convergem para o crescimento único e multiforme da comunidade paroquial. O pároco é guia e diretor espiritual de todos. Ao mesmo tempo, é sinal de unidade. Em comunhão com ele é que todos ganham a legitimidade e a direção.

A Eucaristia, a Santa Missa, será, então, a grande festa da unidade. Na liturgia, celebrada com fé e harmoniosamente, transparece a unidade do corpo na diversidade dos seus membros.

 

Dom João Wilk
Bispo de Anápolis,
27/06/2006

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