Diocese de Anápolis

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A miséria do pecado foi revestida pela misericórdia do amor!

Celebramos, neste Domingo, o quarto deste tempo quaresmal, conhecido como o Domingo Laetare, ou seja, o Domingo da Alegria, pois nos aproximamos da grande celebração da Páscoa, o mistério da nossa salvação. O Domingo da Alegria é celebrado no terceiro Domingo do Advento (Gaudete) e no quarto Domingo da Quaresma (Laetare). A cor rosácea pode ser usada neste domingo como símbolo de alegria em meio à penitência, indicando que devemos continuar nosso caminho penitencial até a Páscoa.

Lembremo-nos de que estamos percorrendo com o Senhor, na intimidade do Seu coração amabilíssimo, este tempo favorável de graça e conversão. Ele caminha conosco, nos conduz, nos protege do calor do sol e dos reveses da vida, e nos envia uma coluna de fogo (o Espírito Santo) para iluminar a escuridão do caminho (cf. Sl 105, 39). É confortante e animador escutar o salmista como que balbuciando aos nossos ouvidos estas palavras: “Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.” No Senhor, e somente n’Ele, a infelicidade se torna alegria, a angústia, alívio, e a agitação, calmaria.

Veja que belo, irmãos: “Se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. “Em Cristo, tudo se renova, tudo se faz novo. Estar em Cristo, ser um com Ele, viver n’Ele e permitir que Ele arme Sua tenda em nós é um processo constante e crescente de Metanoia, isto é, uma transformação interior que nos leva a uma mudança profunda na maneira como vemos a nós mesmos, aos outros e a Deus.

O Evangelho de hoje (Lc 15, 1-3.11-32) nos mostra a beleza do encontro. A miséria dos nossos pecados encontra-se com a misericórdia de Deus, que não apedreja, mas perdoa. A miséria do pecado foi revestida pela misericórdia do amor. Todos nós nos identificamos com o belo Evangelho do filho pródigo. Parece-nos que estamos diante da nossa própria história sendo narrada nas Sagradas Escrituras. Sim, somos muitas vezes o filho rebelde que “quer se emancipar, quer libertar-se dessa submissão e tornar-se livre, adulto, capaz de se regular sozinho e de fazer as próprias escolhas de modo autonomo, pensando até que pode viver sem Deus”. Contudo, a ausência e o afastamento de Deus não trazem paz nem alegria. Voltemos à casa do Pai: Ele nos espera amorosamente e nos prepara um banquete.

 

Pe. Daniel Marques dos Santos Arantes
Paróquia São Francisco de Assis de São Francisco de Goiás
Foto: Reprodução/Holyart
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