Diocese de Anápolis

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Papa autoriza peregrinações a Medjugorje

 

O Papa Francisco autorizou a organização de peregrinações ao santuário mariano de Medjugorje, Bósnia Herzegovina – lugar onde supostamente Nossa Senhora apareceu –, sempre que isso não implique em um reconhecimento das aparições, já que ainda estão sendo estudadas pela Santa Sé.

O anúncio foi feito pelo Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti, em comunicado aos correspondentes credenciados junto à Santa Sé.

“Como anunciaram em conjunto nesta manhã Dom Henryk Hoser, Visitador Apostólico de caráter especial para a Paróquia de Medjugorje, e a Nunciatura Apostólica em Sarajevo, o Santo Padre dispôs que seja possível organizar peregrinações a Medjugorje”, explicou Gisotti no domingo, 12 de maio.

Assinalou também que se deve evitar que essas peregrinações sejam interpretadas “como uma autenticação dos eventos ocorridos, que ainda precisam ser examinados pela Igreja”.

Portanto, “devemos evitar que tais peregrinações criem confusão ou ambiguidade do ponto de vista doutrinal. Isto também vale para os pastores de todas as ordens e graus que pretendem ir a Medjugorje e lá celebrarem ou concelebrarem, inclusive de forma solene”.

“Considerando o significativo fluxo de pessoas que vão a Medjugorje e os abundantes frutos da graça que brotaram – continuou Gisotti –, esta disposição faz parte da particular atenção pastoral que o Santo Padre quis dar àquela realidade, destinada a encorajar e promover os frutos do bem”.

Portanto, “o visitador apostólico terá, deste modo, mais facilidade em estabelecer – em acordo com os ordinários locais – relações com os sacerdotes encarregados de organizar as peregrinações a Medjugorje, pessoas certas e bem preparadas, oferecendo-lhes informações e indicações para que realizem frutuosamente tais peregrinações”.

Investigação das aparições

As supostas aparições começaram em 24 de junho de 1981, quando seis crianças em Medjugorje asseguraram experimentar fenômenos que, segundo eles, são aparições da Virgem Maria.

De acordo com estes seis “videntes”, as aparições continham uma mensagem de paz para o mundo, um chamado à conversão, à oração e ao jejum, assim como certos segredos sobre acontecimentos do futuro.

Além disso, assegura-se que três das seis crianças videntes, que agora são adultos, continuam recebendo aparições todas as tardes porque ainda não foram revelados todos os “segredos” propostos.

Desde o início, as supostas aparições foram fonte de controvérsia e conversão. Enquanto alguns afirmam ter experimentado milagres, outros apontam que as visões não são confiáveis.

Em janeiro de 2014, uma comissão do Vaticano concluiu uma investigação de quase quatro anos sobre os aspectos doutrinais e disciplinares das supostas aparições de Medjugorje e apresentou um documento à Congregação para a Doutrina da Fé.

Esse documento ainda está em estudo. Quando a Congregação terminar seu trabalho, enviará um relatório ao Santo Padre e ele terá que tomar a decisão final.

Segundo revelou o próprio Pontífice em maio de 2017, durante o voo de volta a Roma após sua visita a Fátima, o documento a ser estudado estabelece uma distinção entre as primeiras aparições de Nossa Senhora em Medjugorje e as posteriores. Sobre as supostas aparições atuais, disse Francisco, o relatório tem suas dúvidas.

Fonte: ACI Digital

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