Diocese de Anápolis

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Liturgia: 1º domingo do Advento, “Aquele que há de vir”

Aquele que há de vir

A palavra Advento vem do latim advenire, que quer dizer chegar. Neste tempo de preparação para a grande solenidade do Natal do Senhor, d’Aquele que há de vir, preparamo-nos para sua primeira vinda na tensão e espera santa da sua segunda chegada, “dia grande e glorioso” (At 2,20), que não sabemos quando vai acontecer. Portanto a liturgia desse tempo, como qual iniciamos o Ano Litúrgico, nos conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: o Natal e a Parusia.

Nestes dias, Nosso Senhor nos convida, pela boca dos profetas, a uma profunda conversão: “Rasgai vossos corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor, vosso Deus” (Joel 2, 13). De maneira muito especial, vai falar-nos pelo último dos profetas, João Batista: “Preparai o caminho do Senhor, aplainai suas veredas!” (Lc 3, 4).

A cor litúrgica usada é o roxo, indicando nem tanto aquele caráter penitencial da Quaresma, mas um grande e silencioso recolhimento, uma alegre vigilância à espera do Senhor que veio, vem e virá! São dias de recapitulação. Reavaliamos nossa vida e nos perguntamos se nosso coração realmente está pronto para receber a chegada do Senhor, se o Filho do Homem nos encontraria preparados para levar-nos com Ele.

Um dos muitos símbolos expressivos do natal, que podemos encontrar na liturgia, é a coroa do Advento. Nós passamos a usá-la no início do século XX. Na confecção, eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da esperança.

Os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. A coroa tem a forma de um círculo que, por ser uma figura sem começo e sem fim, representa a perfeição, a harmonia e a eternidade. Também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo e que brilhou para toda humanidade.

Por fim, lembremo-nos de que, nessa caminhada de preparação, acompanha-nos uma pessoa muito especial: nossa querida Mãe do Céu. Ela está no nono mês de gestação! É ao seu lado e contando com a sua intercessão que queremos tornar o mais aconchegante possível o presépio do nosso coração para a chagada de Jesus, cujo nascimento alegremente esperamos!

Pe. João Paulo Cardoso
Seminário Maior Diocesano
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