Diocese de Anápolis

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“Suba com a Mãe de Deus ao Céu também o nosso coração”

Na liturgia deste domingo, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Isso quer dizer que a Virgem Maria foi elevada ao céu em corpo e alma no fim da sua vida terrena. Essa doutrina foi proclamada dogma pelo Papa Pio XII em 1950 por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus. Sabemos que Maria foi concebida sem o pecado original e que viveu toda sua vida sem a menor mancha de pecado na alma. Na carta aos Romanos, encontramos: “o salário do pecado é a morte” (6,23). Se Maria não pecou, então não esteve também sujeita às consequências da morte, como a corrupção da carne.

As particularidades da morte de Nossa Senhora não são de todo conhecidas. O que a Tradição da Igreja nos aponta é que, se ela de fato morreu, não foi por consequência do pecado, mas para se conformar ainda mais perfeitamente, como o fez durante toda a sua vida, ao seu Filho Jesus, que também nunca pecou e, mesmo assim, experimentou a morte que nos trouxe vida nova. Ao lado disso, a Tradição também fala sobre a “dormição” da Virgem Maria (festa muito celebrada na Igreja Ortodoxa), doutrina segundo a qual Nossa Senhora, tendo completado seu tempo e sua missão aqui na Terra, dormiu e foi levada aos céus em corpo e alma pelos Anjos.

Lembremo-nos ainda de que a carne de Jesus e a carne de Maria são a mesma carne. Portanto, a carne de Nossa Senhora devia ter a mesma glória que teve a de seu Filho. De fato, convinha que estando tão unidos em corpo e alma durante esta vida, Mãe e Filho continuassem assim também na eternidade. Deste modo, cremos que, e no céu, já estão os corpos glorificados de Jesus e Maria como prefiguração dos nossos corpos no fim dos tempos, com a segunda vinda de Jesus. Rezamos essa verdade futura ao fim de cada Creio: “creio… na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém”.

Maria está na glória do Céus agora intercedendo como Mãe por nós, para que o desejo das alegrias celestes, a que não têm fim, faça-nos renunciar a todas as falsas e passageiras ou consolações que esse mundo nos oferece. Afinal, ir para o céu não vale a pena, vale a vida!

Pe. João Paulo Cardoso
Roma - Itália
Imagem: Reprodução/MBC
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