Diocese de Anápolis

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Reflexão 4º Domingo da Páscoa: o Bom Pastor

4º Domingo da Páscoa: Bom Pastor

A alegria de Cristo ressuscitado ainda ressoa em nossas vidas e dá sentido à nossa espiritualidade. O “aleluia” se torna o canto de louvor, de júbilo e alegria do cristão que baseia sua fé na ressurreição: “Cristo ressuscitou, aleluia”. E testemunhamos pela fé que “a pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se a pedra angular” (Salmo), aquele que morreu na cruz, rejeitado por todos, se tornou o centro das nossas vidas, instrumento da nossa salvação (cfr. 1ª leitura). E mais que isso, aquele que foi crucificado é o Bom Pastor que dá sua vida pelas ovelhas. Essa realidade nos abre o horizonte da imensidão do amor de Deus por nós, do amor e carinho do Bom Pastor pelas suas ovelhas, a ponto de entregar sua vida. Foge completamente da lógica humana a grandeza do amor de Deus. Um Deus capaz de se encarnar, conviver, aceitar os ultrajes, se deixar crucificar… tudo para a nossa salvação, no nosso lugar… Essa é a verdade por detrás do cristianismo: a vivência do amor de Deus por meio da gratidão feito vida.

O Evangelho nos revela esse amor de Deus por meio das características do Bom Pastor: dá sua vida, protege e conhece. Jesus é o Bom Pastor que se preocupa com suas ovelhas; e sua preocupação é tão grande que Ele nos deixou a Igreja como lugar de encontro, refúgio, consolo e proteção junto a Ele. E na Igreja contemplamos as mesmas características do Bom Pastor: na Eucaristia vemos a presença desse Bom Pastor que dá sua vida; na proclamação da verdade vemos a proteção do Bom Pastor diante de tantos erros e ideologias, modas e vertentes de uma sociedade paganizada; na nossa presença e intimidade espiritual nos damos a conhecer, Ele sabe mais de nós mesmos que nós mesmos, mas em cada confissão nos deixamos nos envolver por sua misericórdia e aquele que nos conhece e sabe de tudo sobre nós, não nos julga, nos perdoa, anima, consola, fortalece e revigora. A Igreja é o redil do Bom Pastor e na sua voz, na sua doutrina e ensinamentos escutamos a voz de Deus e O seguimos abraçando seus desígnios e projetos para nossa vida. Escutar a Igreja é escutar o Bom Pastor e estar na Igreja é experimentar sua presença e sua proteção.

Somos as ovelhas desse Bom Pastor, e mais que isso, na Igreja somos elevados à dignidade de filhos do Bom Pastor, somos filhos de Deus (2ª leitura). As realidades das leituras se complementam e nos mostram que mais que ovelhas irracionais, somos filhos amados e queridos por Deus. O amor do Bom Pastor não apenas dá sua vida pelas ovelhas, mas ultrapassa a lógica e transforma as ovelhas em filhos, e na Igreja, no redil do Bom Pastor, nos transformamos em povo de Deus, em família, num convívio de amor, num reinado de paz e concórdia. Fora da Igreja nos perdemos com falsos pastores, mercenários, mas na Igreja Católica encontramos, escutamos e seguimos aquele que é e sempre será o verdadeiro Bom Pastor.

 
Pe. Carlito Bernardes Júnior
Paróquia São João Evangelista
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