Diocese de Anápolis

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Liturgia: acompanhe a reflexão da liturgia deste domingo com o padre Rogério Moraes

Vigilância

O modo de realizar as cerimônias de casamento tem características próprias dependendo da cultura de um povo. Jesus compara o Reino dos Céus com a história de umas núpcias daquele tempo em que esteve na Terra Santa. A parábola é conhecida como a das cinco virgens prudentes e cinco imprudentes. Era um tempo em que as damas de honra da noiva esperavam o noivo chegar. Que honra estar ali. Mas que tinha que se preparar.

O sentido da parábola é que o noivo é Jesus Cristo. Esse casamento é o Reino dos Céus. Jesus está para voltar, na sua segunda vinda. Mas demora. Não tem hora para chegar. Pode ser a qualquer momento. Contudo estava demorando e veio o sono. Essas lâmpadas são as nossas almas. Nossa alma tem uma “luz” que já vem de Deus. Fomos santificados no batismo. Recebemos essa “chama”, que ilumina nossa vida, até entrarmos no Reino dos Céus. Porém essas lâmpadas precisam ser alimentadas com o óleo, que são nossas boas obras.

O que acontece é que podemos diminuir esse óleo. Com nossas atitudes, podemos muito bem diminuir a fé, a vivências das boas obras e cair numa situação que não tenhamos tempo. Tem que manter o óleo, porque quando Cristo chegar, deve estar acesa a lâmpada. Nessa hora, não vai mais dar tempo de buscar o óleo. Quando o noivo chegar, só os que estivem preparados, poderão entrar. Todo mundo quer entrar, mas como entrar se estiver sem o mínimo?

“E a porta se fechou” (Mt 25,10). Que triste quando encontramos uma porta fechada em que precisamos entrar. Fechou a porta do emprego, fechou a porta daquela prova, fechou a porta da casa. E você quer entrar. Mas não tem jeito mais. O Reino dos Céus pode ter a porta fechada para algumas pessoas.

“Não vos conheço” (Mt 25,12). Que doloroso ouvir de quem você espera essa frase. Como não me conhece? Lamentavelmente não conhece, porque não se deu a conhecer a Deus, o único que pode lhe dar vida. O Senhor pode dizer a alguns que não os conhece, porque não quiseram fazer parte do Reino dos Céus.

“Ficai vigilante, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”. (Mt 25,13) Vigie, preste atenção, olhe direito, perceba melhor. A hora e o dia estão passando. Não há pausa na hora e nem no dia da nossa vida. Faça o que é melhor agora, porque não pode contar o que será daqui há uma hora e nem se o dia de amanhã virá. Vigie e faça sua parte.

Pe. Rogério Moraes
Catedral do Senhor Bom Jesus da Lapa
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