Diocese de Anápolis

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Padre João Paulo fala da Solenidade de Cristo Rei do Universo

 

Solenidade de Cristo Rei do Universo – Ano B

“Sobre o que Cristo verdadeiramente quer reinar?”

Celebrando a Solenidade de Cristo Rei do Universo, encerramos o ano litúrgico. Depois de termos celebrado todos os mistérios da vida de Jesus, a liturgia no-Lo apresenta como Cristo glorioso, Rei do toda a criação e Senhor das nossas almas. Quando foi criada em 1925, a festa de Cristo Rei tinha uma conotação muito específica: proclamar o reinado e a primazia de Nosso Senhor sobre todos os povos da Terra, principalmente aqueles que se declaravam contra a Igreja e a fé em Cristo.

Isso foi gerando uma ideia polêmica entre a Igreja de Cristo e resto do mundo. Veio o Concílio Vaticano II e nos mostrou que devemos ser uma Igreja mais aberta e com mais diálogo com o mundo. Depois, fomos deixando mais de lado sermos a Igreja Militante, para sermos a Igreja Peregrina. Assim, essa imagem mais acusadora e hostil foi saindo de cena, mas a guerra entre Jesus e mundo não deixou de existir. O processo de condenação que Jesus sofreu, parte do qual lemos no evangelho de hoje, ainda não acabou.

Pilatos é representado por tantas políticas e ideologias do mundo atual que querem fazer calar a Jesus Cristo e a sua Igreja, afirmando que essa religião é coisa do passado, é ópio (droga de efeito hipnótico) para o povo. Com toda a tranquilidade e sem ofensas, transmitimos a eles a sentença que o próprio Cristo Deus já decretou: “Eu venci o mundo!” A guerra vai continuar, mas ela já tem um Vencedor. Contudo, aqui uma palavra para cada cristão, não é só o fato de termos o seu Santo Nome nos lábios que já nos garante estar do lado vencedor dessa batalha. Não pensemos que estamos fora do grupo daqueles que “baterão no peito por causa dele” (segunda leitura) quando Ele vier em sua glória.

Antes de tudo, Deus quer ser Rei principalmente dos nossos corações. Aqui, o nosso coração representa a nossa vontade. Deixar que Jesus reine significa deixar que a Sua Vontade governe nossos pensamentos, palavras e ações. É viver a cada momento do dia a fórmula de santidade de São Maximiliano Maria Kolbe: “v=V”, ou seja, a minha vontade deve estar conformada, ser cada vez mais igual à Vontade de Deus. Afinal, “nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7, 21).

     
Pe. João Paulo Cardoso
Seminário Maior Diocesano
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