Em homenagem ao dia Internacional da Mulher a Agência Católica de Informações (ACI), através do ACI Digital que é o serviço de notícias em Português do grupo realizou um estudo sobre mulheres com papéis importantes na Igreja, que suscitadas por Deus, orientaram seu povo desde o início do cristianismo até a atualidade. Conheça que são essas nove mulheres que foram exemplares para a Igreja, segundo a publicação:
Virgem Maria
Nas Bodas de Caná, Jesus escuta sua mãe, portanto a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Cristo.
Santa Hildegarda de Bingen
Durante a Idade Média vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para que Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, escrevesse obras teológicas e de moral com notável profundidade. Foi declarada doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012.
Santa Catarina de Sena
Outra mística e doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena (1347-1380), vestiu o hábito da ordem terceira de santo Domingo. Na época, os papas viviam em Avignon, mas Gregório XI havia feito um voto de regresso e ao consultar Santa Catarina, ouviu: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O pontífice ficou surpreso pois não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna. A santa também escreveu a Urbano VI e aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma.
Santa Teresa de Jesus
Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita. Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também doutora da Igreja.
Santa Rosa de Lima
No Peru, Santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou Santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes. São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
Santa Teresa de Lisieux
Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu Santa Teresa de Lisieux (1873-1897), doutora da Igreja e padroeira universal das missões. Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus. “Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse são João Paulo II sobre ela.
Santa Edith Stein
Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, Santa Edith Stein, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942). Levada ao campo de concentração de Westerbork e transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás. São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”.
Santa Teresa de Calcutá
O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto. “Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Santa Gianna Beretta Molla
Para encerrar a lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida. Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
*Com informações da ACI Digital.