A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) será embaixadora da campanha #EuVotoSemFakecampanha”, lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 29 de setembro deste ano. O objetivo da iniciativa é que os candidatos sejam eleitos de maneira legítima e ética, por meio de informações verdadeiras, divulgadas em seu contexto, livres de distorções.
Segundo Thiago Rondon, coordenador digital de Combate à Desinformação do TSE, o princi
pal objetivo da campanha é passar informações precisas sobre o processo eleitoral, como os cuidados sanitários para a realização do voto no dia das eleições, o funcionamento do fluxo de votação e as orientações para os eleitores em relação à apresentação de documentos, entre outras. “Tendo acesso à informação verdadeira, a população fica mais tranquila para votar e mais preparada para combater as chamadas fake news”, destaca.
Neste sentido, a CNBB soma-se ao esforço da mobilização e coalizão de checagem de fatos sobre o processo eleitoral da sociedade brasileira para combater a disseminação de “falsas notícias”, “fakenews”, no contexto das disputas travadas aos cargos públicos no executivo e legislativos municipais no mês de novembro.
Exercício de cidadania
Pouco mais de 147,9 milhões de eleitores estarão aptos a comparecer às urnas nos próximos dia 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro para escolher 5.568 prefeitos, 5.568 vice-prefeitos e 57.942 vereadores em todo o Brasil, segundo informações da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Tribunal também estima que 750 mil candidatos disputarão as vagas de prefeito e vereador — não há eleições municipais no Distrito Federal.
Para o TSE, As eleições municipais deste ano têm dois desafios pandêmicos a serem enfrentados: a Covid-19 e a disseminação de fake news, ambos fenômenos mundiais de consequências avassaladoras. Nesse contexto, o órgão da justiça eleitoral, tem dois desafios proteger os eleitores brasileiros do contágio enquanto exercem cidadania, bem como combater a disseminação de notícias falsas .
O movimento vai buscar atuar para que esses dois fatores não interfiram no voto de milhares de eleitores, que podem se abster da votação ou ter a opinião comprometida pela desinformação. Apoiam a iniciativa importantes instituições, personalidades e autoridades, entre elas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso.
Ações da campanha
A campanha, que é completamente apartidária, vai estimular a divulgação de informações oficiais, verídicas e checadas, em contraposição às fake news, bem como promover eleições seguras por meio de mensagens sobre medidas sanitárias necessárias para aliar cidadania e prevenção contra a Covid-19.
A CNBB, sendo uma instituição embaixadora do movimento, publicará mensagens sobre a campanha em suas redes sociais e também buscará mobilizar sua rede de comunicadores tanto para contribuir como a denúncia de notícias faltas e também no processo de esclarecimento sobre o tema.
Além disso, a CNBB produzirá conteúdos autorais importantes que ajudem os cristãos a compreender como é feito atualmente, no setor judiciário brasileiro, especialmente no TSE, o combate às fakenews e à desinformação. E também como os cristãos podem se somar ao esforço de fortalecer a democracia brasileira.
Na véspera das Eleições, no dia 14 de novembro, haverá um Twittaço! Nesse dia, os embaixadores publicarão conteúdos utilizando a hashtag #EuVotoSemFake, associado a conteúdos relacionados ao voto seguro – com medidas de prevenção contra a Covid-19 –, e ao combate à desinformação.
Para o TSE, trata-se de mobilizar os eleitores e cidadãos brasileiros tendo em vista a realização das Eleições 2020 em ambiente digital mais saudável, que permita o debate de ideias sem que a cultura do ódio alimentada pelas notícias falsas domine os diálogos. A iniciativa parte da ideia de que a Democracia é feita de debates de ideias de maneira honesta e justa.
Combate à desinformação nas Eleições de 2020
Pela primeira vez, o tema das notícias falsas foi abordado diretamente na resolução do TSE que trata de propaganda eleitoral, horário eleitoral gratuito e condutas proibidas na campanha de 2020.
Segundo o artigo 9º da Resolução nº 23.610/2019, é responsabilidade do candidato, do partido ou da coligação, antes de utilizar uma informação em sua propaganda eleitoral, em qualquer forma de conteúdo, inclusive veiculado por terceiros, verificar se ela é verdadeira, sob pena de concessão de direito de resposta a quem se sentir prejudicado, sem prejuízo de eventual responsabilização penal.
Além disso, a resolução proíbe a contratação de disparo em massa de propaganda eleitoral na internet. De acordo com o artigo 28 da norma, os candidatos poderão fazer campanha por meio de blogs, redes sociais e sites de mensagens instantâneas cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações, “desde que não contratem disparo em massa de conteúdo”. O dispositivo impede, ainda, que uma pessoa possa contratar impulsionamento e disparo em massa.
Saiba mais: https://www.tse.jus.br
Fonte/foto: CNBB Nacional