No dia 25, celebrávamos o nascimento de Cristo, e hoje, oito dias depois, celebramos aquela pessoa que o gerou. No primeiro dia do ano civil, celebramos a 1ª de todos os santos: A Santíssima Virgem Maria. A primeira a receber Jesus, o Filho de Deus. A primeira a cuidar dele, a primeira testemunha da divindade de Jesus. Essa é a Maria Santíssima, a Mãe de Deus.
Desde o início do cristianismo, todos os cristãos reconheceram a maternidade de Maria. Tanto é que na Sagrada Escritura, Maria é chamada sempre de a Mãe de Jesus. São Paulo, na leitura de hoje, também dá esse testemunho. Deus enviou o seu filho, nascido de uma mulher. Jesus tinha mãe. Após muitos séculos depois, uma pessoa levantou uma questão: Porventura pode Deus ter uma mãe? S. Cirilo de Alexandrina respondeu: Sim, o Verbo existe desde toda a Eternidade, como Deus, mas ele se encarnou no tempo e por isso pode-se dizer que nasceu de uma mulher. Isso porque Jesus é uma única pessoa, Deus e Homem. E Maria é a mãe de uma pessoa. Uma mãe não é só mãe do corpo físico de seu filho. É mãe da pessoa inteira que traz no seu seio, e a Pessoa completa concebida por Maria é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Maria é Mãe de Deus, pois Jesus Cristo, seu filho, é filho de Deus e Deus ele mesmo. Naturalmente, Maria não é a mãe da divindade de Jesus. Desde a Encarnação, não se pode separar nele a divindade da humanidade.
Para ficar mais certo aconteceu um Concilio chamado Concilio de Nicéia no ano 431 em que definiu como dogma de fé: Maria é a Mãe de Deus. Jesus, Filho de Deus, nasceu de Maria. É deste sublime e exclusivo privilégio que derivam à Virgem todos os títulos que lhe atribuímos. Ela gerou Jesus humanamente.
Aí o Evangelho mostra ainda mais quem é a Virgem Maria. Ela guardava esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. Atitude de Maria é escutar e guardar no seu coração aquilo que era importante, os fatos importantes. Mas não só guardava, mas também meditava sobre eles. Meditar é pensar, falando com Deus sobre uma verdade de fé ou um episódio da vida do Senhor ou dos seus santos. Essa é uma atitude também de oração. É uma prática de a Igreja levar as pessoas a meditar sobre a fé. É chamada de oração mental. A meditação se faz não para aumentar o conhecimento, mas para aumentar a nossa fé, a nossa esperança e o nosso amor, tratando de aplicar a nós. Que nesse Ano Jubilar 2025, a Bem-Aventurada a Virgem Maria possa ser o exemplo de esperança para cada um de nós, aquela que esperou no Senhor.
Pe. Rogério Moraes Paróquia São José Operário