Diocese de Anápolis

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Igreja Matriz da Santíssima Trindade é dedicada e tem altar consagrado

No último dia 15 de junho, Solenidade da Santíssima Trindade, a Paróquia Santíssima Trindade — pertencente à Região Pastoral Nossa Senhora de Fátima, da Diocese de Anápolis — viveu um dos momentos mais marcantes de sua história: a dedicação solene do novo templo paroquial e a consagração do altar, verdadeiro coração da Igreja.

A celebração teve início com uma belíssima procissão, que partiu da Capela Sagrado Coração de Jesus em direção à nova Matriz, situada no Residencial Jandaia. A caminhada foi animada com solenidade e encanto pela Corporação Musical 13 de Maio, da histórica cidade de Corumbá de Goiás.

A Santa Missa foi presidida por Dom Waldemar Passini, bispo coadjutor da Diocese de Anápolis, e concelebrada por diversos presbíteros, entre eles o administrador paroquial, Pe. Paulo Henrique Teles de Almeida; o vigário paroquial, Pe. Wilson Mendes da Silva Neto; o vigário geral da Diocese, Pe. Edimilson Luiz de Almeida; formadores do Seminário Maior e vários membros do clero diocesano. A celebração, marcada por profunda beleza litúrgica e intensa comunhão espiritual, emocionou visivelmente todos os presentes. Também participaram religiosos e religiosas, com destaque para as Irmãs Canossianas, pioneiras na missão e formação da comunidade.

Mistério visível: a Trindade revelada em pedra, arte e luz

O novo templo, edificado com dignidade e solidez conforme as normas litúrgicas e disciplinares da edificação sacra, é mais do que uma construção física: é sinal visível do Mistério invisível. Seus elementos artísticos remetem à ação da Trindade Criadora, Redentora e Santificadora. Grandes painéis pintados à mão retratam a criação do mundo como obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. No presbitério, um imponente crucificado de três metros convida à contemplação do amor redentor que brota do seio da Trindade.

Dois espaços especialmente sagrados também foram solenemente inaugurados: a Capela do Santíssimo Sacramento e a Capela do Batismo, sinais da presença constante de Deus e do início da vida cristã. Um carrilhão com três sinos — cada um dedicado a uma Pessoa da Trindade e colocado sob a proteção dos Santos Arcanjos — entoa seu canto sobre o bairro, proclamando a presença divina entre os homens.

Seguindo o rito solene da dedicação, a celebração incluiu momentos profundamente simbólicos e espiritualmente ricos: a aspersão do povo e das paredes com água benta, recordando o Batismo; a ladainha de todos os santos, invocando a intercessão da Igreja celeste; e o depósito de relíquias no altar — de Santa Madalena de Canossa e Santa Maria Rivier, mulheres consagradas à edificação do Reino — selando a união entre o céu e a terra.

Em seguida, Dom Waldemar ungiu o altar e as doze cruzes de dedicação com o Santo Óleo do Crisma, em memória dos doze apóstolos e das doze colunas da cidade Santa. Depois, incensou o altar — tornando-o oficialmente o lugar do sacrifício e da oração — e conduziu, com a comunidade, a solene preparação do altar. Movimentos, pastorais e padrinhos da obra o revestiram como mesa do Cordeiro, expressão do oferecimento do povo a Deus.

“Construir templos e corações”

Em sua homilia, Dom Waldemar refletiu sobre o significado espiritual da dedicação do templo à luz da Solenidade da Santíssima Trindade. “Esta casa é sinal do templo que Deus deseja construir no coração de cada um de nós”, afirmou. E completou: “Esta não é uma igreja edificada apenas para os que já creem, mas para todos os homens e mulheres, pois Deus deseja fazer morada entre todos os povos.” O bispo ainda ressaltou que uma paróquia dedicada à Trindade é, por vocação, missionária, aberta, acolhedora e em saída.

A comunidade, templo vivo de Deus

Milhares de fiéis marcaram presença. Entre eles, seminaristas, propedeutas, religiosos e religiosas, diáconos, sacerdotes e autoridades civis, como o vice-prefeito de Anápolis, Dr. Walter Vosgrau, e sua esposa, bem como o prefeito de Corumbá de Goiás, Francisco Alessandro Fernandes, conhecido como “Chico Vaca”, da terra natal do Pe. Paulo Henrique. A presença dessas lideranças demonstrou a relevância da fé também para a vida pública e social.

Mais do que um edifício, a nova Matriz da Santíssima Trindade é agora uma comunidade reunida em torno da Eucaristia — templo do Espírito, povo sacerdotal, casa viva de Deus.

Ao fim da celebração, duas placas foram descerradas: uma em louvor à Mãe da Divina Providência, símbolo da confiança da paróquia na intercessão de Maria; e outra que eterniza na memória da Igreja local os feitos deste dia histórico, vivido com intensa fé e alegria.

“Ó Trindade eterna, sois como um mar profundo: quanto mais mergulho, mais vos encontro; e quanto mais vos encontro, mais vos procuro.”

— Santa Catarina de Sena

Texto: Marcos Vinícius Santana / Fotos: Rosivaldo Moreira e Pedro Victor
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