Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

3ª Domingo do Advento, “O Homem de Deus”

O Homem de Deus

O Evangelista São João escreveu nas páginas santas da Bíblia sobre alguém que ele mesmo conheceu: João Batista. O profeta João Batista é a melhor testemunha sobre Jesus de Nazaré. Ele veio a preparar os corações das pessoas para receberem a Jesus.

João Batista teve um grande respeito das pessoas do seu tempo. Muitos o reconheceram como um grande profeta. Era admirado por muitos. Suas palavras e seu exemplo davam a entender que era um homem de Deus. É assim que também nós temos que ser: homens e mulheres de Deus. Ele tem um prestígio extraordinário. Tanto que confundiram, achando que João era o Messias, o esperado pelo povo de Israel por tanto tempo. Contudo nem todos o aceitaram e o questionaram em vários momentos.

Porém, João Batista não engana as pessoas. Ele sabe quem é, e se coloca em seu lugar. Mostra a sua humildade diante das pessoas. Ele antecipa e nega ser o messias. “Eu não sou o Messias” (Jo 1,20) João não é a luz, Jesus é a luz. João não é o Cristo, nem Elias, nem o profeta. Jesus é o Cristo e o Profeta por excelência.

Negar-se a si mesmo é a qualidade do homem de Deus. João Batista nega ser o Cristo. Ele nega ser o profeta Elias. Todo mundo conhece os dois primeiros: O Messias e Elias. O Messias, como ungido do Senhor, como Rei de Israel e Elias, porque se esperava que o profeta de Tesbi em Galaad, que foi arrebatado, viria antes do Messias. Por que João assumiria um lugar na mentira? Ele busca sempre dizer a verdade.

Por isso, mostra quem ele é: “Eu sou a voz que grita no deserto” (Jo 1,23). Ele não se intitulou Messias, mas sim precursor, o que abre os caminhos. João Batista não disse uma palavra a seu respeito, mas somente a respeito do que vem. O seu papel era apontar o caminho da salvação, proclamando a grandeza daquele que estava por vir, ao mesmo tempo em que se punha no seu lugar, sabendo que sua missão era só de abrir as veredas. Ele exorta à penitência, vivendo ele próprio esse espírito de austeridade que pregava. João Batista aponta as luzes para o mundo, mas parece que o mundo não quer conhecer a luz que é Jesus, como ele próprio lamentou depois: “A luz veio a este mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que luz” (Jo 3, 19).

Mesmo assim, somos todos convidados a dar o testemunho de Jesus às pessoas nesse mundo. É preciso da coragem de João Batista para dar esse exemplo nesse tempo. Assim como João anunciou a Jesus Cristo, todos nós somos chamados a ser esses arautos da Boa Nova. Que possamos buscar viver a verdade essa semana.

Pe. Rogério Moraes
Catedral do Senhor Bom Jesus da Lapa
 
Foto: reprodução google
Rolar para cima