Nesta segunda-feira, 5, inicia o XIV Encontro Nacional da Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR). O encontro acontece em Brasília (DF), até quarta-feira, 7, e é promovido pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O evento é apoiado pelo Setor Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e pela Fundação Avina.
Com o tema “O Brasil e os fluxos migratórios atuais, com destaque para a migração venezuelana: acolhida, hospitalidade e integração”, o evento reunirá organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil. O objetivo do encontro é debater as ações que estão sendo desenvolvidas, propor avanços e somar esforços para que políticas públicas sejam discutidas e implementadas neste contexto.
O evento contará com conferências de representantes de organizações internacionais e de órgãos de governo, como o representante do Acnur no Brasil, José Egas, e o representante da OIM, Stephanie Rostiaux. Entidades que atuam em defesa dos direitos dos migrantes farão exposições e participarão de debates sobre o tema proposto para o encontro. Também está prevista roda de conversa sobre realidade e desafios em Roraima e no Brasil.
Também apoiam o encontro o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o Ministério da Justiça, o Conselho Nacional de Imigração (CNIg) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Articulada pelo IMDH, a RedeMiR existe há catorze anos e conta atualmente com mais de 60 entidades espalhadas por todas as regiões do Brasil. Este ano, aproximadamente 35 instituições estarão presentes no evento, apresentando o resultado e os desafios da sua atuação junto à imigração venezuelana.
Segundo o Acnur, 2,6 milhões de venezuelanos estão vivendo fora do país devido a uma complexa situação política e socioeconômica. Cerca de 70% destes migrantes deslocaram-se dentro da América Latina, sendo o Brasil um dos principais destinos, porém atrás de Colômbia, Chile, Peru, Panamá e Equador. Segundo dados do Governo Federal, mais de 65 mil venezuelanos solicitaram refúgio no Brasil e outros 19 mil solicitaram residência temporária.
Fonte: CNBB