No dia 24 de maio de 2025, a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Anápolis (GO), foi palco da celebração da ordenação diaconal do seminarista Marcos Antônio Ferreira, filho daquela comunidade paroquial. A cerimônia, realizada às 10h da manhã, reuniu grande número de fiéis, familiares, amigos, religiosas e membros do clero diocesano, entre padres, diáconos e seminaristas, todos reunidos para testemunhar esse passo tão significativo na vida vocacional de Marcos.
A ordenação foi presidida por Dom Danival Milagres, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, que, com sua presença fraterna e paternal, marcou a celebração com palavras cheias de sabedoria. Desde o início da homilia, Dom Danival apontou o coração da espiritualidade diaconal: “O segredo para não desanimar na vocação e na fé é fazer memória e cultivar uma memória amoris, uma memória de amor.”
A celebração teve como ápice a consagração do novo diácono pela imposição das mãos e oração consecratória, rito que sela o compromisso de Marcos com o serviço da caridade, da Palavra e do altar. Com comoção e reverência, ele assumiu publicamente seu lema diaconal: “Estou no meio de vós como aquele que vos serve” (cf. Lc 22,27), expressão clara da missão de Cristo e daqueles que são chamados a configurarem-se a Ele no ministério ordenado.
Dom Danival conduziu a assembleia a refletir sobre o que significa, na prática, servir como Cristo: “Jesus se fez servo obediente até a morte, morte de cruz!” E exortou o novo diácono com ternura e clareza: “Pedimos a Deus que conceda a você a solicitude na ação. Colocar-se a serviço em favor da vida e das pessoas. Com solicitude, generosidade, mansidão, disponibilidade e alegria de servir.”
Destacando a dimensão interior do ministério, o bispo lembrou que “a recompensa é a alegria de servir. Não o aplauso, não a fama. A nossa motivação primeira deve ser uma resposta de fé ao amor de Deus. Isso é o que nos faz solícitos e generosos.” E, como alguém que conhece os desafios da missão, também aconselhou: “Se o cansaço está roubando a mansidão, descanse! O cansaço nos faz tratar mal as pessoas, deve ser sanado.”
Um dos momentos mais emocionantes da homilia foi quando Dom Danival falou da fidelidade de Cristo, mesmo diante da rejeição: “Jesus foi fiel até o fim, mesmo não sendo ouvido ou correspondido. Viver fiel a esse exemplo é manter a mansidão no serviço, apesar das perseguições e das frustrações da missão.” E encorajou: “Ser perseguido por causa de Jesus vale a pena! Ser perseguido pelas próprias fraquezas é triste, mas porque nos identificamos com Jesus vale a pena, é privilégio.”
O bispo também destacou a centralidade da oração na vida do ministro ordenado: “A nossa íntima união com Deus dá sentido à nossa consagração.” E recordou com ênfase o compromisso da oração da Liturgia das Horas: “A Igreja lhe pede no diálogo um compromisso na entrega total e generosa à oração. No dia em que ela nos pede isso, ela nos dá o fundamento que sustenta nossa missão colocando o Breviário nas nossas mãos. Nós rezamos as horas em comunhão com a Igreja e pela Igreja.”
Referindo-se à própria experiência de ordenação, Dom Danival compartilhou com os presentes um ensinamento recebido de Dom Luciano Mendes de Almeida, hoje em processo de beatificação: “Quando vierem os momentos de crise, não caia na tentação de perguntar primeiro: será que tenho vocação? Mas pergunte primeiro: como eu estou vivendo minha vocação? Estou sendo solícito e generoso? Servindo com alegria? Rezando? Atendendo bem o povo?”
Ao final da celebração, a comunidade se uniu em aplausos e orações pelo novo diácono, que agora exercerá seu ministério como diácono cooperador na Paróquia Nossa Senhora da Abadia, em Santa Rosa de Goiás, paróquia onde já cooperava como seminarista da síntese pastoral. Com alegria e expectativa, os fiéis acolhem Marcos, confiando sua caminhada ao cuidado maternal de Maria Santíssima. Como recordou Dom Danival: “Você nunca será órfão de mãe se reconhecer a poderosa intercessão da Virgem Nossa Senhora. Lembre-se sempre da intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora, cuja memória litúrgica hoje celebramos.”
A ordenação de Marcos Antônio Ferreira é um testemunho eloquente da fidelidade de Deus e da força de uma vocação que brota no seio da comunidade, amadurece no silêncio da oração e floresce no serviço humilde e generoso. Que ele, sustentado pela graça do Espírito Santo e fortalecido pelo amor de Cristo, viva com alegria a sua consagração diaconal, lembrando sempre que, como bem afirmou o bispo ordenante: “O diaconato não é só uma fase necessária, mas é nossa primeira e definitiva consagração.”
Diocese com Marcos Vinícius Santana