Diocese de Anápolis

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Tempo Comum

Trata-se de um espaço de tempo – o maior do ano – no qual a Igreja valoriza o “cotidiano” da vida do Senhor e também a “ordinariedade” de nosso dia-a-dia. São 33 ou 34 semanas nas quais se comemora “o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos” (NALC, 43). Esse Tempo começa, na prática, com o Batismo de Jesus e termina com a celebração de sua realeza universal: Cristo Rei! Durante esse Tempo, deveríamos passear com Jesus por aquelas terras da Palestina, de Nazaré a Jerusalém e de Jerusalém a Nazaré, passando por diversas cidades. Por outro lado, será preciso também convidar Jesus para passear em nossas cidades e abençoar o nosso trabalho evangelizador.

Esse Tempo é celebrado em duas etapas: “começa no dia seguinte à celebração da festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º domingo do Advento (cf. NALC, 44). A tônica dos 33 (ou 34) domingo é dada pela leitura contínua do Evangelho. Cada texto do Evangelho proclamado nos coloca no seguimento de Jesus Cristo, desde o chamamento dos discípulos até os ensinamentos a respeito dos fins dos tempos”.

Nesse Tempo, nós podemos fazer o propósito de realizar, entre outras coisas, aquilo que o santo da vida ordinária nos indicava: “santificar o trabalho, santificar-nos com o trabalho, santificar os outros através do trabalho” (S. Josemaria Escrivá, Questões atuais do cristianismo, 70). Santificar o trabalho é fazê-lo bem feito, de tal maneira que demos glória a Deus e, com o passar dos anos, tenhamos verdadeiro prestígio profissional. Santificar-nos com o trabalho é questão de reta intenção: por amor a Deus e, por amor a ele, serviremos a todas as pessoas. Como sabemos, todas as nossas ações têm uma incidência sobre nós mesmos, pois vão forjando paulatinamente a nossa personalidade. Santificar o trabalho é ter “alma sacerdotal”, isto é, viver intensamente o sacerdócio comum que nos foi concedido no momento do nosso batismo. Deus quer que nós façamos as coisas por amor a ele, que desenvolvamos no nosso trabalho profissional as virtudes humanas (prudência, justiça, fortaleza e temperança, entre outras) e as teologais (fé, esperança e caridade). Finalmente, tentemos santificar os outros através do trabalho. Quando uma pessoa se preocupa com os outros, desenvolve-se desenvolvendo os outros, é ajudado enquanto ajuda os outros e, sobretudo, quem procura santificar os outros através do próprio trabalho fará deles amigos de Cristo.

Pe. Dr. Françoá Costa 

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