Marcos 6, 7-13
Eusébio, pai de Constantino Magno, passava em revista os seus soldados. Parado no meio do campo, exclamou: -“Os que forem cristãos venham para a minha direita”. Alguns tremeram, pois sabiam que Eusébio era idólatra. Eusébio, por sua vez, sabia que muitos dos seus soldados eram cristãos. Alguns valentes, com passo resoluto, puseram-se à sua direita, exclamando: -“Nós somos cristãos!” O imperador olhou para eles com fereza e disse: -“Sois vós somente?” Nenhum outro se moveu do lugar. Então dirigindo-se aos que estavam à sua direita, disse Eusébio: -“Vós formareis a minha legião de honra e todos os outros serão expulsos de minhas fileiras, porque da mesma maneira com que hoje se envergonharam de seu Deus diante do imperador, amanhã terão vergonha do imperador diante do inimigo”. (P. Francisco Alves, Tesouro de exemplos I, 380).
Como é importante ser fiel a Deus! Nós, cristãos, também não desprezamos a lealdade à palavra dada. Os cristãos são chamados de “fiéis”. Precisamos encorpar cada vez mais esse nome: fiel de Cristo. Fiéis! Leais!
Um conselho: “Sê intransigente na doutrina e na conduta. – Mas suave na forma. – Maça poderosa de aço, almofadada. – Sê intransigente, mas não sejas cabeçudo.” (São Josemaria Escrivá, Caminho, 397). As coisas da fé e da moral são intocáveis. Os interesses de Deus e de sua Igreja em primeiro lugar, não os nossos próprios interesses. Que o Senhor nos ajude a permanecer na companhia dos corajosos e valentes que, como Amós, anunciam a Verdade de Deus e denunciam a mentira e a falsidade, a injustiça e demais desordens com a finalidade de promover o bem dos nossos irmãos, os homens e as mulheres de hoje? Da nossa fidelidade dependem muitas coisas. Se você quer ver o seu marido ou a sua esposa, o seu filho, a sua filha, o seu amigo pertinho de Deus: isso depende de você também, da sua fidelidade a Deus!
O Evangelho fala da missão dos apóstolos: de pregar o Evangelho e fazer as obras que Jesus fazia. Eles cumpriram com a sua missão, foram fiéis e… por isso estamos aqui hoje louvando-o nessa liturgia dominical. A maior parte deles foram mártires, derramaram o seu sangue pelo nome de Cristo, mas, como bem se sabe, “o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”.
Pe. Françoá Costa