As ações de Jesus causavam admiração naqueles que o seguiam. Isso porque “Ele fez bem todas as coisas” (Mc 7,37). Todo o Cristo é o Salvador: ele e suas ações. Até o choro do Menino Jesus era salvífico! Assim como Jesus Cristo foi generoso para com o gênero humano na hora da sua Paixão e Ressurreição, também o foi antes dessa grande ação pascoal. Assim como o sacrifício de Abel foi perfeito, Jesus Cristo, o Novo Abel, ofereceu ao Pai um sacrifício perfeito em todas as suas ações e em todas as suas dimensões. É justa a exclamação do povo: “Ele fez bem todas as coisas”.
Nós também, incorporados a Cristo, podemos colaborar efetivamente na salvação operada por Cristo uma vez por todas. Com as nossas pequenas ações cotidianas podemos ajudar o Senhor a salvar os nossos semelhantes. Mas será preciso também que ao oferecê-las ao Senhor sejam quais sacrifícios de Abel: perfeitos. Quais são essas ações cotidianas? O trabalho, as nossas diversões, o nosso tempo dedicado aos demais, o tempo de estudo, pegar um ônibus para ir ao trabalho ou dele vir, um sorriso, um aperto de mão, fazer uma comida gostosa para a família, rezar, fazer esporte etc. Tudo pode ser santificado, pois desde que o Filho de Deus assumiu a nossa humanidade tudo pode e deve ser elevado ao plano de Deus. Como gostavam de dizer alguns Padres da Igreja: o Filho de Deus se fez homem para que o homem se tornasse filho de Deus! E nós poderíamos continuar: o Filho de Deus assumiu a nossa humanidade para que tudo o que é da nossa humanidade possa ser santificado e oferecido ao Pai. Todo trabalho humano honesto e toda e qualquer outra atividade humana que um cristão possa realizar pode e deve ser santificada, oferecida a Deus. São Josemaria Escrivá, santo do ordinário foi também o santo do trabalho, recordava exatamente isso: temos que ser santos nas situações correntes da nossa vida, especialmente na nossa profissão e na nossa família. Como? Fazendo bem o bem por amor a Deus e com desejo de servir a todas as pessoas.
Pe. Françoá Costa