Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Cristo, único mediador da fé

9TC-C

“Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.” O centurião romano, equivalente a um capitão na hierarquia militar atual, foi elogiado por Jesus pela sua grande fé: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. Depois de professar uma fé tão viva em Jesus e de ser assim elogiado por ele, é de pensar que a vida daquele homem não foi mais a mesma. Depois das graças que recebemos, temos que mudar de vida… para melhor! Para estar com Cristo!

Um livrinho intitulado “Cartas dos amigos de Cristo” traz uma carta imaginária do centurião a Jesus. Gostaria que você também a conhecesse:“Senhor: não pude agradecer-te; tive fé em ti, e vejo que a minha fé não foi confundida. O meu servo está são, mais forte do que antes. Que poder o da tua palavra! Queremos visitar-te, a minha mulher, o meu criado que curaste – que quer ir a todo custo – e eu. Mais do que nunca, sou indigno de que venhas a minha casa; também não preciso que o faças, e não o digo por desprezo nem por egoísmo, mas porque notamos a tua presença em nós e entre nós, invisível, mas palpável; não saberia explicá-lo, Tu me entenderás. (…) a tua presença nesta casa onde nunca estiveste é constante e viva, e enche-nos de paz e de serenidade interior. (…) Venho de um ambiente em que prevalecem o poder, o domínio, a política, e em ti não encontro nada disso. No entanto, parece que, misteriosamente, tens o segredo de exercer toda a autoridade ou todo o poder, mas de outra maneira, com outro estilo. (…) Embora não tenha neste momento grandes problemas de comando, receio que possam vir a aparecer quando eu tiver de obedecer e os meus superiores não exercerem devidamente a autoridade; penso que até poderão dar-se graves conflitos entre as exigências de algumas ordens e os imperativos da minha consciência. Há tantas injustiças e tantas extorsões… Mas também espero que a tua luz e a tua palavra, remota e presente, sempre eficaz, me iluminem e me levem a aceitar sacrifícios e renúncias a serviço da verdade. (…) Um abraço.”

Essas palavras lembram-me de outro homem de fé, São Tomás Moro, que não vendeu a sua alma em troca de dinheiro, de fama, de bem-estar. Foi um cristão leigo, um cristão corrente que soube harmonizar muito bem a sua vocação de pai de família com a profissão de advogado e, mais tarde, de chanceler do Reino da Inglaterra. Quando Henrique VIII quis que os seus súditos jurassem a Ata de Sucessão (pela qual se reconhecia o matrimonio entre Henrique VIII e Ana Bolena, o rei como chefe supremo da Igreja da Inglaterra, e a negação da autoridade do Papa), que era anticristã. Tomás Moro, não querendo trair a sua própria consciência de homem e de cristão preferiu ser preso e martirizado (decapitaram-no) a dobrar-se perante os caprichos de um rei autoritário. Que também nós sejamos pessoas de fé, que vivem as consequências de ter uma vida de fé.

Pe. Françoá Costa

 

Rolar para cima