Diocese de Anápolis

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3º Domingo do Advento – Domingo da Alegria

 

3º Domingo Tempo do Advento (Domingo Gaudete)

Exemplo

“As palavras comovem, mas o exemplo move”, um ditado citado tantas vezes para ressaltar a importância do exemplo no dia a dia. De fato, vivemos em um mundo cheio de palavras soltas, lindos poemas, frases impactantes, interjeições e exclamações comoventes, um mundo abarrotado de “eu te amo”, mas vazio de presença, cheio de discursos moralistas e românticos, mas carente de atitudes concretas de caridade, repleto de lindas mensagens nas redes sociais, mas indiferente com o próximo no mundo real. Hoje no Evangelho Jesus destaca o exemplo de João Batista, sua vida de abnegação, sua atitude de conversão, pregava não somente com palavras, mas também com o exemplo, com sua humildade se tornou o precursor, aquele que preparou, aplainou os caminhos do Senhor. O exemplo de João Batista interpela e questiona a vida de cada cristão para que o exemplo seja coerente com as palavras e as palavras sejam fecundadas nas atitudes concretas daqueles que preparam a vinda do Senhor.

O Domingo “Gaudete” expressa a realidade litúrgica da alegria na espera, da expectativa na preparação, da intensidade e esmero nas ornamentações, tudo em vista do Rei que irá chegar. As casas são enfeitadas, árvores de natal espalhadas pelas salas, grinaldas e coroas brilhantes, luzes intermitentes e figuras pitorescas, presépios e músicas adaptadas… tudo para ambientalizar o grandioso tempo celebrativo do Natal. Entretanto o exagero natalino pode esconder o perigo de viver um natal vazio, repleto de adornos, rodeados de amigos e familiares, mas um natal de aparências, solitário de sentido e carente de significado. A ausência do aniversariante na festa de aniversário torna inútil toda a ornamentação festiva e sem sentido toda a celebração. Um natal sem Jesus é um completo absurdo que transforma todos os enfeites natalinos em uma banal e abismal hipocrisia. Mais que enfeites externos, devemos nos preocupar com os enfeites internos, limpar o estábulo de nosso coração por meio de uma boa confissão, colocar as árvores de natal das retas intenções de santidade enfeitadas com as brilhantes bolas dos bons propósitos; espalhar os pisca-piscas da alegria e do bom humor onde possamos ir; preparar o presépio da nossa vida espiritual que ganha luz e destaque na Santa Missa de Natal onde celebramos de forma eficaz, real e no presente o nascimento do Menino Deus. Assim foi a vida de São João Batista, uma luz que refletiu a presença de Jesus, um adorno no deserto que iluminou os caminhos do Senhor, um enfeite que com sua vida e exemplo mostrou a presença “dAquele que há de vir”.

Os enfeites externos devem ser um reflexo da nossa preparação interna. Somente com o exemplo da nossa vida cristã é que os enfeites natalinos ganharão significado, somente a coerência da nossa vida fará com que reluza a presença de Deus no nosso Natal, e na participação piedosa e devota da Santa Missa manifestaremos o verdadeiro e real sentido do Natal colocando Jesus no centro do nosso presépio espiritual.

Pe. Carlito Bernardes Júnior
Santuário Santo Antônio
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