Diocese de Anápolis

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Tempo do Natal

Lá pelo ano 336, Roma já celebrava o Natal do Senhor. Posteriormente essa festa foi celebrada na África, em Milão, na Espanha e na França. Depois também o Oriente cristão começou a celebrá-la. Desde o começo, os cristãos resolveram celebrar o Natal nas VIII kalendas ianuarii, isto é, no dia 25 de dezembro. Há vários sinais que nos permitem afirmar que a festa do Natal nasceu na Igreja com a clara intenção de opor resistência ao paganismo. Roma celebrava no dia 25 de dezembro a festa do Natalis Invicti, o dia em que o Povo Romano homenageava as divindades do Oriente. Os cristãos opuseram a essa festa, a do Natale Christi, isto é, a do nascimento de Jesus Cristo segundo a carne. O imperador Constantino que já tinha decretado o caráter festivo do primeiro dia da semana (o domingo) e dessa maneira o dia do Sol cederia lutar ao dia do Senhor, luz do mundo (cf. Jo 8,12), seria também coerente em combater a outra festa do Sol, a do dia 25 de dezembro, opondo-lhe a festa do nosso Sol, que é o Salvador e Senhor nosso Jesus Cristo.

Paulatinamente, a festa do Natal foi enriquecida em sua celebração litúrgica. Durante o século VI surgiu o costume de celebrar três missas em Roma no dia do Natal: uma na Basílica de Santa Maria Maior; outra em Santa Anastásia; a terceira, na de São Pedro. Provavelmente, foi o Papa Bonifácio IV (+615) quem introduziu a oitava de Natal, ou seja, a prolongação, durante oito dias, da celebração do nascimento de Jesus Cristo. As oitavas juntaram-se, durante os séculos, a muitas outras celebrações; atualmente, existem apenas duas: a oitava do Natal e oitava da Páscoa.

Maria depois de dar à luz ao Salvador do mundo “envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7). Cristo encontrou uma pousada: a vida de cada um de nós e a vida dos nossos irmãos. Pense nesta graça maravilhosa e agradeça a Deus: ele se aproxima de cada um de nós. Estende os bracinhos para que nós o tenhamos em nossas mãos, no nosso coração; estende-os esperando o presente você trouxe para ele. Por que você não faz as vezes do papai Noel e leva presentes não somente ao Menino Jesus, mas também a todos os homens, imagens e semelhança de Deus? Quais devem ser os presentes? Paz, amor, alegria, serenidade, um sorriso, uma palavra amiga, bondade, vontade de ajudar… Conclusão: podemos viver todos os dias do ano o espírito do Natal.

Pe. Dr. Françoá Costa

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