Diocese de Anápolis

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Paramentos litúrgicos

As vestes que os ministros ordenados (bispos, presbíteros e diáconos) utilizam na celebração da Santa Missa são chamadas “paramentos”. Confeccionadas com nobreza e simplicidade, devem expressar algo da beleza de Deus, através da qual se manifesta sua verdade e sua bondade. São Gregório de Nissa, Grande Padre da Igreja, no seu livro “Sobre a vida de Moisés”, disse – comentando as vestes sacerdotais no Antigo Testamento – que a beleza dos paramentos sacerdotais ensina simbolicamente as virtudes sacerdotais. Podemos colocar a frase na forma negativa: paramentos sacerdotais feios não ensinam as virtudes sacerdotais! Espero que ao ler esse texto, ninguém diga de si para si: “sobre gostos e cores não se discutem”, já que também essa frase é discutível!

Uma das primeiras coisas que os paramentos ajudam a ver – tanto ao sacerdote quanto à comunidade – é que a Santa Missa não é um rito qualquer, mas uma celebração especial para a qual estão pensadas roupas especiais. Unida a essa consideração está a atenção que se deve dar às cores litúrgicas e sua utilização: o branco é utilizado nos tempos da Páscoa e do Natal, nas celebrações de Nossa Senhora e nas dos santos não mártires. Vermelho, no domingo de Ramos, na Sexta-feira santa, no domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos e evangelistas e nas dos demais santos mártires. Roxo, nos tempos do Advento e da Quaresma, nas missas de defuntos. A cor verde se utiliza no tempo comum. Rosa, que não deve ser berrante ou destoante, pode ser utilizado duas vezes no ano: no 3º domingo do Advento (Gaudete) e no 4º domingo da Quaresma (Laetare), que são chamados “domingos da alegria”. É possível utilizar o negro nas missas de defuntos por ser a cor de luto.

Nas grandes solenidades, o sacerdote poderia utilizar vestes mais nobres, também com relação às cores, como dourado e prateado. Essa norma está prevista para que se possa utilizar paramentos que tenham valor histórico ou senso estético, não para favorecer inovações de qualquer jeito ou a troca das cores tradicionais por cores novas. A Espanha, por exemplo, tem o privilégio de utilizar a cor azul para celebrar Nossa Senhora; mas esse é um privilégio da Espanha! Enfim, dentro das normas litúrgicas, a proteção do tradicional e a possibilidade de expressar as novas realidades encontram seu lugar. Confiamos sempre na Igreja, nossa Mãe e Mestra.

Pe. Dr. Françoá Costa

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