Diocese de Anápolis

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Padre Fábio Carlos faz reflexão do 1º domingo da quaresma

As tentações

Na última quarta-feira iniciamos o grande retiro da Igreja, o tempo da Quaresma e com isso, fomos recordados das obras quaresmais que devemos praticar: o jejum, a oração e a esmola. Este é o caminho rumo a uma verdadeira conversão, ou seja, metanoia, que significa, transformação, mudança, procurar seguir outro caminho, o caminho da verdadeira vida.

Neste primeiro domingo da Quaresma o evangelho nos apresenta as tentações de Jesus, refletindo sobre elas devemos olhar para nós mesmos e enxergar em nós as dificuldades de seguirmos e fazermos o bem. Se Jesus saiu vitorioso destas tentações, o mesmo, muitas vezes, não acontece conosco, que acabamos caindo nas tentações do demônio.

O demônio parece que acha que Jesus é um simples homem e vai tentá-lo naquilo que é de mais sensível nos simples homens. Primeiro no alimento, necessidade básica do ser humano e assim, vemos todas as necessidades básicas físicas do homem: comida, bebida e sexo; em si mesmas, não há pecado, mas o exagero e o uso errado, pervertem estas ações e assim se tornam pecado.

A segunda é relacionada ao orgulho e poder, aqui foi onde o próprio Lúcifer e Adão pecaram, querendo ser como Deus. Não quiseram adorar a Deus, quiseram estar no lugar de Deus, sendo adorados pelas outras criaturas, aqui está a raiz de todos os pecados. Mais uma vez podemos pensar: possuir os bens materiais não é pecado em si, mas: apegar-se a eles, não repartir com aqueles que necessitam, querer ser melhor e humilhar os outros; aqui está o pecado, aqui está nossa fraqueza. A Campanha da Fraternidade deste ano coloca para nós o exemplo de Santa Dulce dos Pobres, que se santificou ajudando os mais necessitados, não se apegou aos bens deste mundo.

A terceira é tentar a Deus, achar que Ele não pode realizar aquilo que nós tanto necessitamos. Deus tem o seu tempo, diferente do nosso tempo e todas as coisas se realizam no tempo de Deus, Ele sempre terá aquilo que é o melhor, reservado para nós, não aquilo que queremos, mas aquilo que é melhor. Relaciona-se intimamente com a segunda e com a primeira. A oração e a fé combatem esta tentação.

O demônio cita as Escrituras, dialoga, dá as razões para tentar enganar Jesus, mas Ele estava fortalecido pelo jejum e pela oração, por isso não caiu nas tentações do demônio. Aprendamos com Jesus e através das armas da oração, jejum e esmola combatamos contra o demônio e o mundo em que vivemos, é assim que estaremos prontos para a dura luta contra o pecado.

Pe. Fábio Carlos de Araújo
Paróquia Santo Antônio – Damolândia
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