Diocese de Anápolis

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Eucaristia

É o terceiro e último Sacramento da Iniciação Cristã. A palavra “eucaristia” literalmente significa “ação de graças”, mas inclui igualmente o sentido de bendizer ou de louvar.
Geralmente, chamamos a Eucaristia de Missa (missa – despedida; missão-envio). Em sentido estrito, é a parte central dela, que abrange a Oração Eucarística.
A Eucaristia também é a presença real de Jesus Cristo nas espécies do Pão e do Vinho consagrados durante a Missa. O Santíssimo Sacramento (o Corpo de Cristo), guardado no sacrário, leva-se aos doentes, distribui-se aos fiéis fora da Missa e ainda adora-se comunitária ou individualmente. Jesus está presente na Eucaristia com o mesmo Corpo e mesmo Sangue com que nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou. “Isto é o meu corpo… Isto é o meu sangue…”. A Eucaristia não é o símbolo de Jesus, mas é uma realidade. É uma presença verdadeira e perfeita. “O pão, que parece pão, não é pão, mesmo que tenha aspecto e gosto, mas é o corpo de Jesus. O vinho, mesmo que pareça vinho pelo gosto e cor, não é vinho, mas é o sangue do Senhor” (S. Cirilo).
Há muito tempo, antes da instituição da Eucaristia, Deus preparava o seu povo para receber este mistério de amor, servindo-se com as figuras, símbolos e acontecimentos no Antigo Testamento. Alguns exemplos: o sacrifício de Melquisedec (Gn 14,17-20), o sacrifício de Abraão (Gen 22,1-18), o maná no deserto (Ex 16,6-35), o pão de Elias (1Rs 19,3-8). Jesus também o fazia, por exemplo, multiplicando os pães (Jo 6,1-15; Mt 14,13-21). Explicitamente, anunciava a instituição da Eucaristia no discurso em Cafarnaum (J 6,22-65), dizendo : “O pão que Eu vos darei é a minha carne para a vida do mundo”.
A instituição da Eucaristia deu-se no Cenáculo antes da Paixão de Jesus Cristo, durante a Última Ceia. Nesta ocasião, Jesus entregou à Igreja o seu grande Testamento de Amor. Tomando o pão, deu-o como o seu Corpo, e o vinho como o seu Sangue. Em seguida, mandou celebrar a sua memória desta maneira, o que a Igreja cumpre fielmente com amor e respeito. A Missa é o cume do amor de Deus para com o homem. Em cada Celebração, Jesus se oferece em sacrifício ao Pai, pelos amigos e pelo mundo inteiro, e ao mesmo tempo se dá como alimento aos fiéis.
“Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a Vossa morte, enquanto esperamos a Vossa vinda” (aclamação após a consagração). Na cruz, Jesus Cristo ofereceu a Deus Pai a sua vida, pela remissão dos pecados da humanidade. Na Missa, realiza-se o mesmo oferecimento, mas sob as espécies do pão e do vinho, nos quais estão presentes verdadeiro Corpo e verdadeiro Sangue de Cristo. O sacrifício da Missa é o mesmo sacrifício da Cruz.
A Igreja, tendo em vista o bem espiritual dos seus filhos, estimula à participação freqüente da Santa Missa, obrigando, pelo mandamento, ir à Missa nos domingos e festas de guarda.

 Como devemos participar da Santa Missa?

Cada Missa é uma festa de quem recebe a graça. Deve-se lembrar que com o Cristo que se oferece ao Pai, todos os homens e mulheres estão oferecidos por Ele e com Ele. A participação da Missa começa com a devida preparação. Deve-se reservar tempo suficiente para não chegar correndo à igreja nem se atrasar. Vestir-se solenemente e decentemente. Levar o seu Devocionário, Bíblia ou o folheto da Missa. Participar com atenção e ativamente da celebração (cantos, respostas, Palavra de Deus). Oferecer ao Pai a vida, os trabalhos, os sofrimentos e alegrias em íntima comunhão com Jesus Cristo.

A estrutura da Missa

A celebração da Missa é composta de duas partes principais: Liturgia da Palavra e Liturgia da Eucaristia. Para distinguir estas partes, a Liturgia da Palavra é celebrada na Mesa da Palavra (ambão), e a Liturgia da Eucaristia na Mesa da Eucaristia (altar).
A Liturgia da Palavra é precedida pelos ritos iniciais. São eles: Comentário antes da missa, canto de entrada, saudação e acolhida do celebrante, ato penitencial, hino de glória, oração presidencial chamada “coleta” (recolhe todas as intenções). A Liturgia da Palavra é constituída pelas duas ou três leituras (do Novo e Antigo Testamento), um salmo, homilia (a pregação), preces da assembléia. Termina com a profissão de fé (Creio).
A segunda parte, a Liturgia da Eucaristia inicia-se com a preparação da mesa,(nas Missas solenes tem procissão com as ofertas), canto do ofertório, Oração do ofertório, Prefácio (oração de louvor proferida pelo celebrante), Oração Eucarística (com a Consagração do pão e do vinho) e Comunhão dos fiéis. Esta segunda parte da Missa termina com a “Oração após a Comunhão” feita pelo celebrante.
Antes da despedida, temos ainda os ritos finais que incluem a Bênção final e avisos pastorais. Pode ser feita também uma breve síntese da liturgia que estimule os fiéis à vivência mais fervorosa da fé. O canto final também faz parte da Celebração Eucarística.

VISITA AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Desde os primeiros séculos, algumas Hóstias consagradas na Missa são conservadas e guardadas em lugares e vasos apropriados (sacrário, âmbula). Cristo permanece entre nós, como prometeu, (Mt 28,20) no Sacramento do Amor. Por isso, diante do sacrário, encontramos a vela ou uma lâmpada acesa que nos lembra esta presença de Cristo vivo. Também por esse motivo, ao entrarmos na igreja, dobramos o joelho diante de Jesus presente no sacrário.
Desde o século XIII, vem o costume de colocar para a adoração dos fiéis uma Hóstia Consagrada. Essa adoração (também diante do sacrário fechado) é uma comunhão espiritual com Deus. A Igreja estimula todos os fiéis a fazerem visitas freqüentes e adorarem Jesus Sacramentado, vendo nesta prática um precioso meio para a espiritualidade cristã.

 COMUNHÃO ESPIRITUAL (orações)

1. “Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós. Ó Jesus, sumo bem e doce amor meu, inflamai o meu coração, a fim de que esteja abrasado em Vosso amor para sempre. Amém”.
2. “Meu Jesus, creio firmemente em Vossa presença na Eucaristia. Gostaria de receber-Vos agora realmente; mas, como não o posso, vinde ao menos espiritualmente ao meu coração. Inflamai-me de Vosso ardor e fazei com que eu lute seriamente pela expansão do Vosso Reino. Amém”.

(Conheça as orientações pastorais sobre o Sacramento da Eucaristia)

 

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