Diocese de Anápolis

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Alegria da misericórdia

Três parábolas “da misericórdia”: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido. Tudo perdido! (cf. Lc 15). No entanto, as atitudes do pastor, da mulher e do pai me parecem um pouco estranhas. Vamos tentar pensar sem sentimentalismo: caso você fosse um pastor e tivesse cem ovelhas, será que deixaria noventa e nove sozinhas, com perigo de perderem-se, para procurar somente uma que se perdeu? E se você tivesse dez moedas e perdesse uma, faria como aquela mulher da parábola: acenderia a luz e varreria a casa buscando cuidadosamente a moedinha perdida? Eu pelo menos não atuaria assim.

O filho pródigo pediu a parte da herança, gastou-a com prostitutas e depois se apresentou ao seu pai como culpado. O pai festeja, lhe dá presentes e faz uma festa… Esse pai está louco! No fundo, dá vontade de ver esse filho malandro levar uma boa surra do pai… Não é difícil entender que um bom pai corrija com fortaleza um erro cometido por um filho seu. Ademais, é bastante compreensível que uma só ovelha se perca que correr o risco de perder as noventa e nove; é muito mais lógico deixar uma moeda para lá que revirar a casa por uma só moedinha e depois – e isso é o cúmulo – convidar as amigas para festejar o encontro da insignificante moeda. É muito mais fácil entender que o pai desse uma bronca naquele filho sem-vergonha. Enfim, é muito mais fácil compreender a justiça que a misericórdia!

No entanto, a lógica do Evangelho é outra! Sem contrapor a justiça e a misericórdia, a parábola nos apresenta um pai que não é o comum dos pais desta terra. O Pai é Deus! E realmente está louco: louco de amor pela humanidade. Deus-Pai cheio de misericórdia perdoa tudo se nos apresentamos arrependidos. Isso sim é motivo de grande alegria! Nós, culpados e pecadores, cheios de boas intenções e, igualmente, de intenções torcidas e más ações, podemos aproximar-nos do nosso Pai do céu. Deus é muito bom e os sacerdotes no Sacramento da Penitência têm o Coração de Deus e, por isso, compreendem sempre. Não tenha medo e vá se confessar!

Pe. Françoá Costa

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