Diocese de Anápolis

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“Abandonar o egocentrismo e não temer a diversidade”, exorta Papa

 

Cerca de 20 mil pessoas foram à Praça São Pedro nesta quarta-feira, 12, para participar da Audiência Geral do Papa Francisco. Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Atos dos Apóstolos, o Pontífice iniciou sua reflexão afirmando que a Ressurreição de Cristo não foi um evento entre outros, mas a fonte da vida nova.

Segundo o Santo Padre, os discípulos de Jesus sabiam da Ressurreição de Cristo e por isso ficaram unidos a Maria, perseverantes na oração e fortalecidos na comunhão. Os apóstolos buscaram recompor o corpo de Jesus que, após os eventos dolorosos da Paixão do Senhor, ficara reduzido a 11 membros, sublinhou Francisco.

Sobre Judas Iscariotes, o Papa relembrou que embora recebera a grande graça de ser parte do círculo íntimo de Jesus e de participar do seu ministério, num determinado momento isolou-se, apegando-se ao dinheiro e caindo no orgulho ao ponto de preferir a morte à vida.

Os Apóstolos, ao contrário, escolheram a vida e, para tal, decidiram eleger alguém para o lugar de Judas, apontou o Santo Padre. De acordo com Francisco, a escolha de Pedro indica que ele deveria ser um discípulo de Jesus desde o Batismo no Jordão até a Ascensão de Jesus ao Céu. Matias, através do discernimento comunitário foi eleito Apóstolo em uma decisão que, para o Papa, manifesta a procura dos Apóstolos em olhar a realidade com os olhos de Deus, segundo a ótica da unidade e comunhão.

“O novo corpo dos Doze é um sinal de que a comunhão vence sobre as divisões e o isolamento, que a comunhão é o primeiro testemunho oferecido pelos Apóstolos da obra de salvação de Cristo e da ação de Deus na história, na fidelidade às palavras do Senhor”, destacou o Pontífice.

Francisco frisou que os Doze não expressam ao mundo uma presumível perfeição, mas que através da graça da unidade, fazem emergir um Outro, que vive de um modo novo em meio a seu povo: o Senhor Jesus. Ao terminar sua reflexão, o Santo Padre exortou:

“Nós também precisamos redescobrir a beleza de testemunhar o Ressuscitado, abandonando atitudes egocêntricas, renunciando a apropriar-nos dos dons de Deus e não cedendo à mediocridade. A recomposição do colégio apostólico demonstra que no DNA da comunidade cristã existem unidade e liberdade de si mesmos. Isto permite não temer a diversidade, não apegar-se às coisas e dons e tornarmo-nos mártires testemunhas luminosas do Deus vivo e atuante na história”.

Fonte: Vatican News

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