Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

Diocese de Anápolis

4º Domingo do Advento: “Ele já estava presente, mas escondido”

 

“Ele já estava presente, mas escondido”

Já às vésperas da grande solenidade do nascimento de Nosso Senhor, queremos voltar nossos olhares e corações para aquela, sem a qual, esse mistério não poderia ser celebrado como a Igreja já o faz a dois mil anos. É costume antigo dedicar o quarto domingo do Advento à Virgem Maria, convidando-nos a esperar os últimos instantes para aquela Noite Santa ao lado de quem melhor viveu esse tempo de preparação.

Além de São João Batista, Nossa Senhora se apresentou como uma das pessoas que mais nos ajudou a viver esse tempo de Advento. Se o Precursor nos inquietava a consciência com fortes gritos para endireitarmos nossas vidas para a chegada do Messias, Nossa querida Mãe nos ajudava, com seu grande e amoroso silêncio, a prepararmos o presépio do nosso coração para a vinda do seu Filho.

No evangelho de hoje, vendo a Virgem levar Jesus para sua prima Isabel, vemos não só o efeito que a presença de Nosso Senhor causou, mas vemos que tudo aconteceu por meio de Maria. Jesus já estava lá, mas foi só quando Isabel ouviu a saudação de Maria que a criança exultou no seu ventre e ela ficou cheia do Espírito Santo. Também nós somos chamados a ser portadores da Graça, instrumentos da ação divina. Será que Deus tem podido usar daquilo que temos feito e daquilo que tem saído da nossa boca para chegar até o coração dos outros?

Percebemos, ainda, que o Verbo já se tinha feito carne e já estava no mundo, mas “escondido” no ventre de Maria. Queremos pedir a essa boa Mãe que saibamos conservar a presença de Deus dentro de nós e não a percamos por nada, especialmente quando comungarmos. É de corar o rosto de vergonha quando notamos que não conseguimos dar a atenção que Jesus merece quando O recebemos na Missa (presença real que dura só de 10 a 15 minutos), enquanto Nossa Senhora não perdeu um só instante da profunda adoração que fez, sem cessar por 9 meses, ao Verbo que se fez carne dentro dela. A dignidade da Eucaristia que recebemos não é menor, pois se trata do mesmo Deus!

Que o exemplo de nossa querida Mãe seja nosso grande impulso para, com o coração purificado por este tempo de preparação, nos apresentarmos como servos fiéis ao Rei que vai chegar!

      
Pe. João Paulo Cardoso
Seminário Maior Diocesano
Rolar para cima